segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Agosto.

O mês chegou trazendo um vento frio e uma nuca que saliva e ferve de madrugada.
A banheira renovada está pronta para afogar as suas angústias que andam congeladas em água morna. Águas dessas em temperatura que não servem para mudar nada de estado. Tudo anda ensopado de dúvida. A gota escorre pela janela dos olhos. As retinas embaçadas pela poeira confundem o que se tenta enxergar adiante. Tudo arde. A boca se abre, tenta gritar mas só consegue engolir mais um dia de chuva salgada que afoga a garganta.

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